O Corcunda de Notre-Dame, Victor Hugo - 8


CAPÍTULO 8
Fatalidade


Depois daquela manhã no pelourinho, os vizinhos de Notre-Dame notaram que o ânimo do sineiro havia esfriado bastante. Antes, eram badaladas a qualquer propósito, longas serenatas, ricas escalas executadas para um casamento ou para um batismo. A velha igreja, bastante vibrante e sonora, estava sempre numa perpétua celebração de sinos. Agora, a catedral parecia sombria e mantinha o silêncio. As festas e os enterros ouviam badaladas simples, secas e nuas. Diziam que não havia mais um músico na torre, mas Quasímodo continuava lá. O que se passava com ele, então? Permanecia a vergonha do pelourinho no fundo de seu coração ou ecoavam sem parar as chicotadas do carrasco em sua alma?
Um dia, Quasímodo sentiu retornar o amor pelos sinos e subiu a uma das torres, enquanto lá embaixo o sacristão abria todas as portas da igreja.
Chegando à alta câmara, o Corcunda observou os sinos com um triste balançar de cabeça, mas quando os tocou, tornou-se novamente feliz, esquecendo-se de tudo. Seu coração encheu-se de alegria e seu rosto desabrochou. Ele corria de uma corda a outra, animando seus companheiros de campanário.
De repente, ao olhar a praça, viu uma moça acompanhada por uma cabra cercar-se de um grupo de espectadores. Esta visão repentina alterou o curso de suas idéias e ele deu as costas para o carrilhão, fixando sobre a dançarina um olhar sonhador terno e suave.
Enquanto isso, o jovem estudante Jean Frollo percebeu ao se vestir que seus bolsos estavam vazios.
Um pensamento lhe ocorreu ao mesmo tempo em que amarrava as botas, mas ele o repeliu. Contudo, a idéia retornou e ele vestiu o colete ao contrário, sinal evidente de confusão interna. Por fim, atirando a boina no chão, gritou:
- Não importa! Seja o que Deus quiser. Irei procurar meu irmão. Receberei um sermão, mas terei algum dinheiro.
O jovem desceu a rua de Ia Harpe em direção à cidade e, após atravessar a ponte pequena e cruzar a rua Neuve-Sainte-Geneviève, encontrou-se na frente da catedral de Notre-Dame. A indecisão retornou, e ele passeou por alguns momentos, repetindo com angústia: "O sermão é certo, o dinheiro é duvidoso!" Interrompendo a caminhada de um sacristão que saía da igreja, perguntou:
- Onde está o arcebispo?
- Creio que em seu esconderijo Iá em cima - disse o sacristão. - E eu não o aconselho a perturbá-lo agora.
No entanto, Jean atravessou a pequena porta preta e pôs-se a subir a escada que levava aos andares superiores da catedral.
"Vou ver", dizia para si mesmo, enquanto percorria o caminho, "Deve ser interessante este claustro em que meu reverendo irmão se esconde perto das nuvens!"
Chegando à galeria das pequenas colunas, o estudante respirou um momento e exclamou:
- Sem dúvida é aqui.
A chave estava na fechadura e a porta, encostada. Ele empurrou-a suavemente e pôde ver um cubículo sombrio e mal iluminado onde havia uma poltrona, uma mesa, bússolas, provetas, esqueletos de animais pendurados e uma esfera rolando sobre o chão.
O quarto não estava deserto. Um homem, sentado na poltrona, curvava-se sobre a mesa, de costas para Jean, que via apenas seus ombros e a parte posterior do crânio. O estudante reconheceu o irmão, mas a porta abrira-se tão devagar que nada havia prevenido dom Cláudio de sua presença. Curioso, ele aproveitou para examinar por alguns momentos o aposento.
O cubículo apresentava um aspecto geral de abandono e de ruína e o mau estado dos utensílios fazia supor que o mestre estava, havia bastante tempo, distraído de seu trabalho por outras preocupações.
Contudo, inclinado sobre um vasto manuscrito ornado de pinturas esquisitas, ele parecia atormentado por uma idéia que vinha incessantemente misturar-se às suas meditações.
De repente, fechou o livro com violência, passando a mão sobre a testa, como para caçar a idéia que o obcecava. Em seguida, apanhou sobre a mesa um prego e um pequeno martelo, cujo cabo era curiosamente pintado com sinais cabalísticos, gravando na parede, em grego, a palavra "fatalidade".
"Meu irmão é louco", pensou Jean consigo mesmo, "Seria bem mais simples escrever em francês."
O arcebispo sentou-se novamente na poltrona e apoiou a cabeça com as duas mãos, como faz um doente que tem a testa pesada e febril. Vendo que o irmão retornava à imobilidade, Jean recuou lentamente e fez alguns ruídos de passos atrás da porta, a fim de anunciar sua chegada.
- Entre, senhor Jacques! - disse o arcebispo, do interior do cubículo. - Eu estava mesmo aguardando sua chegada e até deixei a chave sob a porta.
O aluno entrou corajosamente e dom Cláudio, extremamente incomodado pela indesejada presença, estremeceu:
- O quê? É você, Jean?
- Jean ou Jacques, pouco importa. Ambos começam com "j" - disse o aluno atrevidamente feliz.
O rosto de dom Cláudio retomou a expressão severa.
- O que você faz aqui?
- Meu irmão - respondeu o aluno -, vim pedir uma coisa da qual tenho grande necessidade.
- Senhor - disse o arcebispo em um tom frio -, estou muito aborrecido consigo.
- Que pena! - suspirou o aluno.
Dom Cláudio virou a poltrona e olhou fixamente para Jean, que se preparou para o duro choque:
- Jean, por toda parte reclamam de você. O jovem não respondeu.
- E seus estudos? - prosseguiu o padre balançando a cabeça.
O aluno levantou os olhos.
- Senhor meu irmão, gostaria que eu lhe explicasse em bom francês esta palavra grega que está escrita na parede?
- Que palavra? - perguntou o arcebispo, com um ligeiro
- Bom dia! - respondeu o homem de preto.
Os dois homens trocaram algumas palavras cujo sentido Jean não pôde perceber. Pareciam falar de ouro, de velhos pergaminhos e até de escultura.
- A propósito, ia esquecendo! Quando quer que eu mande prender a pequena bruxa e sua cabra diabólica? -perguntou Jacques Charmolue. - O processo está pronto. Quando começaremos?
O arcebispo empalideceu.
- Eu o avisarei a este respeito - balbuciou com a voz mal articulada.
- Está bem - disse Jacques Charmolue. - Irei ocupar-me dos outros dois acusados. Quanto à pequena Esmeralda, aguardarei suas ordens.
Dom Cláudio, absorto em seus pensamentos, não o ouviu mais. Pensando em Jean escondido sob o aquecedor, ele temeu algum truque e apressou-se em sair do quarto com Jacques Charmolue.
- Pronto, os dois gatos resmungões partiram! - disse o jovem, saindo de seu buraco. - Minha cabeça está zumbindo como um sino. Vou descer com o dinheiro de meu irmão e converterei todas as moedas em garrafas.
O estudante deu uma olhadela de ternura e de admiração no interior da carteira, tirou a poeira de suas pobres mangas sujas de cinza, assobiou uma canção, fez uma pirueta no ar e finalmente empurrou a porta, descendo as escadas, saltitante como um pássaro. Desembocando na praça, ele bateu o pé no chão, ao chegar à rua.
- Oh, bom e honroso solo de Paris! Maldita escada capaz de cansar até os anjos!
Deu alguns passos e, neste momento, ouviu uma voz forte e sonora pronunciar atrás dele uma série formidável de xingamentos.
- Pela minha alma! - gritou Jean. - Só pode ser meu amigo, o capitão Febo!
O arcebispo não ia distante, ainda acompanhado de Jacques Charmolue, quando estremeceu ao ouvir o nome de Febo. Virando-se, ele viu o irmão se aproximar de um corpulento oficial. Era, realmente, o capitão Febo de Châteaupers, que, apoiado contra o muro de uma casa, gritava como um pagão.
- Ora veja só, bom capitão! - disse Jean, apertando a mão do outro. - Onde aprendeu estas belas palavras?
- Perdão, bom camarada Jean! - disse-lhe Febo.
- Quer vir beber comigo? - perguntou o estudante.
- Quero, mas não tenho dinheiro.
- Pois eu tenho!
Jean balançou a carteira diante dos olhos do capitão majestosamente, enquanto o arcebispo aproximou-se deles sem ser percebido. Febo, então, disse ao amigo:
- Uma bolsa em seu bolso, Jean, é como a Lua num balde d'água. Nós a vemos, mas ela não está Iá. Aposto que são pedras!
Jean respondeu friamente:
- Aqui estão as pedras que enchem meu bolso!
E sem acrescentar uma só palavra, esvaziou a carteira sobre a calçada.
- Meu Deus! - murmurou Febo. É impressionante!
O estudante manteve-se impassível. Algumas moedas rolaram pela lama e o capitão, entusiasmado, abaixou-se para apanhá-las, mas Jean o conteve:
- Ora, capitão, deixe para Iá estas esmolas!
Febo contou o dinheiro, virando-se solenemente para Jean:
- Quem você roubou esta noite?
O estudante jogou para trás os louros cabelos encaracolados e disse com olhos desdenhosos:
- Tenho um irmão religioso e imbecil. -Aquele homem tão digno! - protestou Febo.
- Vamos beber! - desconversou Jean.
- Aonde iremos? Ao cabaré Maçã de Eva?
- Sim! Vamos à Eva e sua maçã! - respondeu o aluno, tomando o braço do oficial.
Os dois amigos puseram-se a caminho, e o arcebispo seguiu-os enfurecido. "Era este Febo quem um dia havia salvado Esmeralda?" O nome fora suficiente para que o arcebispo acompanhasse os dois amigos descuidados, observando seus menores gestos e ouvindo sua conversa. Nada mais fácil, tão alto falavam!
O som de um tambor chegou até eles vindo de uma encruzilhada vizinha e dom Cláudio ouviu o oficial dizer ao estudante:
- Maldição! Vamos apertar o passo, pois tenho medo de que a cigana me veja.
- Que cigana?
- A pequena da cabra.
- Esmeralda?
- Sim. Esqueço sempre seu nome. Vamos nos apressar. Não quero que esta moça se aproxime de mim.
- Você a conhece, Febo?
O capitão arrebentou de rir e se inclinou para falar no ouvido do amigo, mas dom Cláudio escutou a conversa. Um estremecimento percorreu o corpo do arcebispo e seus dentes rangeram. Ele tropeçou, mas continuou no encalço dos dois companheiros, que começaram a cantar a plenos pulmões uma velha canção.
O cabaré Maçã de Eva situava-se na Universidade, na esquina das ruas de Ia Rondelle e Bâtonnier. Era uma sala térrea, grande e baixa, com mesas por toda parte, jarros resplandecentes de estanho pendurados nas paredes (sempre influenciam os beberrões), uma vidraça que dava para a rua, uma videira na porta e, acima desta, uma placa enferrujada pela chuva, girando ao vento, onde se via o desenho de uma maçã e de uma mulher - a marca do local.
A noite caía e a encruzilhada estava escura. O cabaré, cheio de velas, resplandecia como uma forja. Ouvia-se o barulho dos copos e das brigas que escapava através dos vidros quebrados. Por meio da bruma que o calor da sala espalhava pela vitrine envidraçada, viam-se muitas figuras difusas e, ocasionalmente, um riso sonoro destacava-se.
Um homem passeava pela frente da barulhenta taberna observando seu interior e não se afastando mais do que uma sentinela de sua guarita. Cobria-se com uma capa que lhe escondia o nariz, sem dúvida para protegê-lo do frio das noites de março ou talvez para esconder seu hábito. Ocasionalmente, parava diante da vitrine, ouvia, olhava e batia o pé.
Por último, a porta do estabelecimento se abriu, o que ele parecia esperar, e dois bêbados saíram. O raio de luz vindo de fora ruborizou por um instante as alegres figuras.
O homem de casaco permaneceu observando escondido sob um pórtico do outro lado da rua.
- Eu asseguro - dizia um dos homens - que não moro mais na rua Mauvaises-Paroles. Moro na rua Jean-Pain-Mollet.
- Meu amigo, você está bêbado - disse o outro. Tratava-se, é claro, do capitão e do estudante. Parece que o homem que os vigiava na sombra também os reconheceu, porque seguia, a passos lentos, todos os ziguezagues que o jovem obrigava o capitão a fazer. Acompanhando-os cuidadosamente, o homem de casaco pôde escutar a interessante conversação que se segue:
- Agora tente andar direito, senhor estudante, pois preciso deixá-lo.
- Então, suma!
- A propósito, Jean, você não tem mais dinheiro? Bebemos toda a carteira de seu irmão? Não temos mais nada? Diga, Jean, ainda temos algumas moedas? Responda ou vou revistá-lo! Céus, volte a si! Necessito apenas de um pouco de dinheiro.
Jean fingiu-se de surdo e aquilo exasperou o capitão, que empurrou cruelmente o estudante, fazendo-o deslizar contra a parede e cair suavemente sobre a calçada. Febo ajeitou com o pé o amigo sobre um monte de talos de couve jogados na rua, acomodando sua cabeça, no mesmo instante em que Jean começava a roncar.
- Azar o seu se a carroça do guarda noturno o apanhar! -disse o capitão ao pobre bêbado adormecido, afastando-se.
O homem de casaco, que não havia parado de segui-los, recuou um instante diante do jovem deitado, pois um tipo de indecisão o agitou. Em seguida, dando um suspiro profundo, prosseguiu no encalço do capitão.
Jean permaneceu dormindo sob o olhar benevolente das estrelas. Desembocando na rua Saint-André-des-Arts, o capitão Febo percebeu que alguém o seguia. Ele viu, ao virar os olhos por acaso, uma sombra que rastejava atrás de si, ao longo dos muros. Ele parou, ela também. Recomeçou a caminhar e a sombra idem. Aquilo o preocupou muito pouco.
"Oras bolas", pensou, "Não tenho dinheiro. Nem nada que se possa roubar".
A rua estava completamente deserta e, ao parar novamente, ele viu a sombra aproximar-se a passos lentos. O capitão era corajoso e não se incomodaria com um ladrão, mas esta estátua que andava, este homem petrificado, o congelou. Finalmente, o capitão quebrou o silêncio, esforçando-se para rir.
- Se o senhor é um ladrão, como acredito, parece uma garça que tenta abrir uma noz. Sou de uma família arruinada, meu caro. Procure outra vítima.
A mão da sombra saiu do casaco e desceu sobre o braço de Febo com o peso das garras de uma águia. Ao mesmo tempo, uma voz ressoou:
- Capitão Febo de Châteaupers!
- Como sabe meu nome?
- Não sei apenas seu nome - continuou o homem de casaco com sua voz sepulcral. - Sei também que tem um encontro esta noite.
- Sim! - respondeu Febo, estupefato.
- Às sete horas, não?
- Exatamente!
- Com uma cigana que se chama...
- Esmeralda! - disse Febo alegremente.
Ao ouvir este nome, o espectro agitou com fúria o braço de Febo e o capitão sacou sua espada, dizendo com a voz sufocada pela raiva:
- Basta! Lutemos!
- Capitão, está se esquecendo de seu encontro.
Tais palavras fizeram baixar a espada do capitão, que disse:
- O senhor tem razão. Teremos tempo de nos enfrentar amanhã. Parece bastante forte. Agradeço se me for permitido manter a palavra. Vou partir, então, para cuidar de um assunto importante... Ah! Ia esquecendo! Não tenho nenhum dinheiro.
- Aqui há algo que pode ajudá-lo.
Febo sentiu a mão fria do desconhecido deslizar na sua uma grande moeda. Ele não pôde recusar o dinheiro e apertou esta mão.
- Deus! - exclamou. - O senhor tem bom caráter!
- Alto Iá, imponho-lhe uma condição! - disse o homem. - Esconda-me em algum canto de onde eu possa ver se esta mulher é realmente aquela cujo nome acabou de dizer. Preciso saber se é ela.
- Para mim tanto faz - respondeu Febo. - Siga-me e eu o colocarei num canil de onde poderá nos ver e escutar. Não tenho nada a esconder.
Logo, o homem misterioso, que era ninguém menos que dom Cláudio Frollo, foi fechado num cubículo sem janela onde se abaixou no meio da poeira e do entulho que se esfarelava a seus pés. Sua cabeça queimava e, tateando ao redor de si com as mãos, ele encontrou um pedaço de vidro quebrado que apoiou sobre a testa, aliviando-o ligeiramente.
Após um quarto de hora, parecia ter envelhecido um século. De repente, ouviu estalar os degraus da escada de madeira. Alguém subia. Havia na porta corroída de seu calabouço uma fenda suficientemente larga e ele colou seu rosto a ela. Desta maneira, podia ver tudo o que se passava no quarto vizinho.
Febo e Esmeralda estavam a sós, sentados sobre um baú de madeira. A moça, vermelha, atônita e excitada, traçava com a extremidade dos dedos linhas a esmo. Não se viam seus pés, pois a pequena cabra alojara-se sobre eles.
- Não me despreze, senhor Febo - dizia a moça, sem levantar os olhos. - Sou uma infeliz.
- Desprezá-la? Por quê?
- Infelizmente, não cumpri uma promessa. Não voltarei a encontrar minha mãe e o amuleto perderá sua força. Mas o que importa?
Falando assim, ela manteve fixos os grandes olhos pretos sobre o capitão.
- Claro que a compreendo! - disse Febo, sem entender nada.
Esmeralda calou-se por um momento e em seguida declarou:
- Capitão, o senhor é bom e generoso. Salvou a mim, uma pobre criança perdida.
Durante alguns momentos, a moça falou de modo misterioso e parecia sonhar.
- O que é isto? - perguntou o capitão, apontando para o amuleto que ela levava no pescoço.
- Não o toque! - ela advertiu, entrando numa espécie de transe. - É meu protetor. É ele quem me fará reencontrar minha mãe, se eu merecer. Deixe-me, senhor capitão! Minha mãe! Minha pobre mãe! Onde você está?
De repente, acima da cabeça de Febo, ela vislumbrou uma sombra maligna que segurava um punhal. Era o arcebispo. Ele estava ali, e o oficial não podia vê-lo. A moça permaneceu imóvel, congelada, muda, diante da terrível aparição. Nem mesmo gritou, quando viu a lâmina descer sobre o capitão.
- Maldição! - gritou o oficial. Ele caiu e ela desmaiou.
Quando recobrou os sentidos, soldados da ronda a cercavam, enquanto Febo era carregado, banhado em sangue. O padre havia desaparecido. A janela do fundo do quarto, que dava para o rio, estava escancarada. Alguém apanhou um casaco que se supunha pertencer ao oficial e ela ouviu dizer ao seu redor:
- É uma bruxa que acaba de apunhalar um capitão.